Madonna, Deeper and Deeper | Exposição coletiva :: Exposições
Mais Informações:
MIRA FORUM | Espaço Mira, Porto
Local: Porto - Porto
DATA: de SAB 15-04-2023 a SAB 27-05-2023
Alexandre Osório | Alice Geirinhas | Alice Martins | April |António Lago | Filipa Valente | Francisca Castro | Éric Many | Inês Coelho | Nika | João Sousa Cardoso | José Almeida Pereira | Marta Amorim | Manuel Santos Maia | Nenaza | Super Bronca | Sérgio Costa Araújo | Sérgio Leitão | Teresa Bessa | Vítor Moreira
"Multifacetada, Madonna expõe a sua visão nos mais diversos temas, como a crítica à igreja católica e ao sistema religioso, o seu empoderamento feminista e ativismo político. Nos anos 80 quebrou as normas sociais, chocando a sociedade com a sua visão da Mulher e da sua sexualidade focada no prazer e nas fantasias. David Bowie foi uma influência para si, e o concerto que assistiu em adolescente deixou vincada em si essa persona de sexualidade fluída que celebrava o ser diferente.
Tanto na música como nas suas performances, criou imagens vívidas sobre a Mulher liberta das tradições conservadoras, o que foi visto como um ataque aos valores familiares e católicos. Sem receio de expor o corpo e sem pudor em relação à sua sexualidade, continua a disseminar a liberdade e a libertação do corpo feminino.
Madonna foi ativista numa altura em que não estava na moda o ativismo. Nos seus videoclips e performances sempre inclui negros, latinos e homossexuais, numa verdadeira representação da sociedade. As suas atitudes consideradas ofensivas pela Igreja e pela sociedade em geral fez com que estas fossem notadas, dando-lhe uma imortalidade da luta pela não conformidade dos padrões impostos e não se deixando intimidar pelas tentativas de censura e proibição da Igreja e dos partidos políticos.
Com a digressão do seu mais recente álbum Madame X, Madonna apostou em performances mais intimistas com recurso a telas com transparência onde figuram imagens e frases poderosas que refletem o seu desejo de uma arte ativista. A performance inicia com a canção “God Control”, uma crítica à violência, ao fácil recurso a armas por parte da população que gera massacres, nomeadamente a escolas e à comunidade LGTB. Também o sistema religioso não fica de fora da sua crítica, como se pode verificar na sua canção “Dark Ballet”.
Texto de Marta Aires Ferreira